quarta-feira, 29 de junho de 2011

E essa tal felicidade

Às vezes fico me perguntando até que ponto vale a pena ficar refletindo sobre coisas que não vão me levar a lugar nenhum. Perdemos horas pensando em como poderíamos estar hoje se a vida tivesse tomado um rumo diferente. Melhores? Mais felizes? Mais ricas? Mais bonitas? Pode ser... Mas isso tudo é o lado bom do outro caminho. E o lado ruim cadê? Ele existiria também. Fato.
Fato mesmo é que nunca se tem tudo que se imaginou ter, e nem sempre esse tudo vai ser o que irá nos fazer melhor. Algumas coisas eu perdi no meio do caminho, deixei pra trás porque quis, porque não fiz diferente, mas fiz como deveria ser, quando teve que ser feito. Hoje eu cheguei aqui porque eu tinha que chegar. Feliz? Sim, por que não estaria? Ah...porque assistir de camarote a reprise da nossa vida dá aquela sensaçãozinha de que era tudo lindo e cor-de-rosa, porque a emoção de hoje não é aquela mesma quando a situação foi vivida. Então é bem mais fácil só lembrar daquela cena boa da novelinha. Olha...grande parte de nós já tentou reviver um passado achando que tudo poderia ser igual ou melhor e percebeu que tudo tinha mudado. Mesmos personagens, época errada. Época ultrapassada. Ler o nosso passado como lemos um livro de crônicas é quase uma comédia romântica, quando pulamos os trechos mais desagradáveis da história. A diferença é que quando vivemos as cenas, esses trechos são amargamente vividos na pele, sem dublês de corpo. 
Se ontem, hoje e amanhã vai ter sofrimento, esquece que o passado foi bom, porque ele já foi. Garanto que por mais difícil que esteja sendo o dia de hoje, amanhã vai parecer que ontem nós éramos as criaturas mais felizes da face do planeta. Isso faz parte do ser humano: A eterna insatisfação. Felizmente é ela que nos faz buscar a tal felicidade incessantemente, e que nos mantém vivos e dispostos a encarar essa novela que se chama Vida.

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